D. Gemma: laicismo é porta para o demônio entrar nas almas e nas sociedades.
A Igreja em crise não usa as suas armas
O bispo procurou inspiração nos textos do Vaticano II, e eis as suas conclusões:
“Ide e folheai todos os documentos do Concílio Vaticano II, [...] verificai se se fala, e quantas vezes, do demônio e das suas obras. Sabeis que naqueles dezesseis documentos, pensados e ponderados, não existe sequer a palavra inferno, nem a palavra ‘demônio’? Incrível, mas verdadeiro, basta ir verificar…” (p. 88).
“Ide e folheai todos os documentos do Concílio Vaticano II, [...] verificai se se fala, e quantas vezes, do demônio e das suas obras. Sabeis que naqueles dezesseis documentos, pensados e ponderados, não existe sequer a palavra inferno, nem a palavra ‘demônio’? Incrível, mas verdadeiro, basta ir verificar…” (p. 88).
Ele debruçou-se sobre os textos litúrgicos antigos e novos. E ficou estupefato:
“Sempre lamentei que na reforma da Missa se tenha tirado aquela oração a São Miguel [Exorcismo Breve], que Leão XIII, não sem inspiração do alto, quis que fosse recitada no fim de cada celebração. Muitas vezes o demônio, pela voz dos possessos, fez saber que gostou muitíssimo dessa abolição! [...] O que é que sugeriu e sugere evitar-se o mais possível, nos textos litúrgicos, a menção a Satanás, às suas nefastas intervenções, às conseqüências da sua ação destrutiva? Quem possa, que me responda. E com argumentos válidos, por favor. [...] Hoje a obra assassina do demônio é mais evidente do que nunca [...]. Então, não somente não era o caso de expurgar as fórmulas deprecatórias e imprecatórias, mas sim de multiplicá-las e reforçá-las. Porém, infelizmente não foi assim” (p. 27).
O ambiente laicizado hodierno: vitória do demônio
D. Andrea reparou que os históricos dos que padecem malefícios e o dos possessos eram muito parecidos. É imensa, diz ele, a quantidade de ocasiões que o contexto atual oferece às serpentes infernais para se apossarem das suas vítimas.“A maior vitória do diabo consiste em convencer os homens de que ele não existe”. Esta verdade indiscutida levou o prelado à conclusão de que o ambiente moderno serve de luva ideal para as garras infernais.
A todo momento,esse ambiente sugere que não há Deus nem demônio, nem Céu nem inferno. E os espíritos malignos atacam e invadem os corpos das suas vítimas de inúmeras formas.
Há cultos satânicos explícitos. Mas também implícitos, como certas técnicas de meditação e algumas terapias alternativas, superstições ou modas tipo Nova Era ou músicas tipo rock and roll.
Como é que a humanidade gerou esse ambiente enganosamente neutro e materialista, porém tão útil para os espíritos das trevas?
Há cultos satânicos explícitos. Mas também implícitos, como certas técnicas de meditação e algumas terapias alternativas, superstições ou modas tipo Nova Era ou músicas tipo rock and roll.
Como é que a humanidade gerou esse ambiente enganosamente neutro e materialista, porém tão útil para os espíritos das trevas?
A Revolução gera ambiente propício à ação diabólica
D. Andrea dá uma elucidativa explicação histórica.
“A laicização da nossa sociedade é o fruto de um longo e complexo processo que durou cerca de cinco séculos, e que se desenvolveu em três etapas fundamentais, três revoluções no campo cultural e social, mas com lances também cruentos, que levaram à gradual transformação do mundo antigo, tradicional, para dar na sociedade atual, pós-moderna e secularizada”.
D. Andrea descreve essas sucessivas revoluções: primeiro a revolução protestante, que causou um grande desgarramento da sociedade cristã medieval; segundo o Iluminismo e a Revolução Francesa; terceiro a Revolução comunista marxista.
Por fim, acrescenta, uma quarta etapa ou Revolução: a do movimento estudantil dos anos 60, que contestou a família, generalizou o uso da droga, propugnou a libertação dos vínculos morais, e sobretudo revoltou-se contra toda autoridade. Esse processo gerou uma sociedade e uma cultura que tendencialmente seduzem os homens para a idéia de que Deus e a religião são coisas absurdas (pp. 113 ss).
Há os que se deixam levar por essa influência, ensina D. Andrea. Mas há também os que reagem de um modo exasperado e caem no exagero oposto: as novas e enganosas formas de religiosidade. Todas são fáceis presas de Lúcifer.
Por fim, acrescenta, uma quarta etapa ou Revolução: a do movimento estudantil dos anos 60, que contestou a família, generalizou o uso da droga, propugnou a libertação dos vínculos morais, e sobretudo revoltou-se contra toda autoridade. Esse processo gerou uma sociedade e uma cultura que tendencialmente seduzem os homens para a idéia de que Deus e a religião são coisas absurdas (pp. 113 ss).
Há os que se deixam levar por essa influência, ensina D. Andrea. Mas há também os que reagem de um modo exasperado e caem no exagero oposto: as novas e enganosas formas de religiosidade. Todas são fáceis presas de Lúcifer.
Armas para derrotar os demônios
D. Andrea exorta os fiéis a recorrerem às armas que vencem o demônio: a Fé, os Livros Sagrados, o jejum, os sacramentos. E, sobretudo, a oração por meio de Nossa Senhora, a “inimiga eterna de Satanás” (p. 16).
Entre as orações específicas, ele recomenda a renúncia formal a Satanás, como se faz na renovação das promessas do batismo, e o exorcismo breve:
“São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate; cobri-nos com vosso escudo contra os embustes e ciladas do demônio. Subjugue-o Deus, instantemente o pedimos, e vós, Príncipe da Milícia Celeste, pelo divino poder, precipitai no inferno a Satanás e aos outros espíritos malignos que andam pelo mundo para perder as almas. Amém” (p. 17).
E recomenda também não se deixar seduzir pelo ambiente revolucionário hodierno nem pelas falsas novidades nas formas de religiosidade — inclusive no âmbito católico —, que tanto e tão bem servem de ocasião para os malefícios e possessões por parte do pai da mentira.
Com essas cautelas e armas espirituais, o católico resistirá e sairá vitorioso, confiando sempre na promessa divina: “As portas do inferno não prevalecerão” (Mt 16,18).
Com essas cautelas e armas espirituais, o católico resistirá e sairá vitorioso, confiando sempre na promessa divina: “As portas do inferno não prevalecerão” (Mt 16,18).