sábado, 29 de outubro de 2011

O verdadeiro Deus é acessível a todos


Deus não é "propriedade dos crentes e ninguém em seu nome se pode "sentir autorizado à violência em relação aos outros". Eis o apelo lançado pelo Papa em Assis por ocasião do dia de reflexão, diálogo e oração pela paz e a justiça no mundo, inaugurado na manhã de quinta-feira, 27 de Outubro, com o encontro dos chefes religiosos na basílica de Santa Maria dos Anjos.

Queridos irmãos e irmãs,
distintos Chefes e representantes das Igrejase
Comunidades eclesiais e das religiões do mundo
queridos amigos!
Passaram-se vinte e cinco anos desde quando pela primeira vez o beato Papa João Paulo II convidou representantes das religiões do mundo para uma oração pela paz em Assis. O que aconteceu desde então? Como se encontra hoje a causa da paz? Naquele momento, a grande ameaça para a paz no mundo provinha da divisão da terra em dois blocos contrapostos entre si. O símbolo saliente daquela divisão era o muro de Berlim que, atravessando a cidade, traçava a fronteira entre dois mundos. Em 1989, três anos depois do encontro em Assis, o muro caiu, sem derramamento de sangue. Inesperadamente, os enormes arsenais, que estavam por detrás do muro, deixaram de ter qualquer significado. Perderam a sua capacidade de aterrorizar. A vontade que tinham os povos de ser livres era mais forte que os arsenais da violência. A questão sobre as causas de tal derrocada é complexa e não pode encontrar uma resposta em simples fórmulas. Mas, ao lado dos factores económicos e políticos, a causa mais profunda de tal acontecimento é de carácter espiritual: por detrás do poder material, já não havia qualquer convicção espiritual. Enfim, a vontade de ser livre foi mais forte do que o medo face a uma violência que já não tinha convicção espiritual alguma. Sentimo-nos agradecidos por esta vitória da liberdade, que foi também e sobretudo uma vitória da paz. E é necessário acrescentar que, embora neste contexto não se tratasse somente, nem talvez primariamente, da liberdade de crer, também se tratava dela. Por isso, podemos de certo modo unir tudo isto também com a oração pela paz.
Mas, que aconteceu depois? Infelizmente, não podemos dizer que desde então a situação se caracterize por liberdade e paz. Embora a ameaça da grande guerra não se aviste no horizonte, todavia o mundo está, infelizmente, cheio de discórdias. E não é somente o facto de haver, em vários lugares, guerras que se reacendem repetidamente; a violência como tal está potencialmente sempre presente e caracteriza a condição do nosso mundo. A liberdade é um grande bem. Mas o mundo da liberdade revelou-se, em grande medida, sem orientação, e não poucos entendem, erradamente, a liberdade também como liberdade para a violência. A discórdia assume novas e assustadoras fisionomias e a luta pela paz deve-nos estimular a todos de um modo novo.
Procuremos identificar, mais de perto, as novas fisionomias da violência e da discórdia. Em grandes linhas, parece-me que é possível individuar duas tipologias diferentes de novas formas de violência, que são diametralmente opostas na sua motivação e, nos particulares, manifestam muitas variantes. Primeiramente temos o terrorismo, no qual, em vez de uma grande guerra, realizam-se ataques bem definidos que devem atingir pontos importantes do adversário, de modo destrutivo e sem nenhuma preocupação pelas vidas humanas inocentes, que acabam cruelmente ceifadas ou mutiladas. Aos olhos dos responsáveis, a grande causa da danificação do inimigo justifica qualquer forma de crueldade. É posto de lado tudo aquilo que era comummente reconhecido e sancionado como limite à violência no direito internacional. Sabemos que, frequentemente, o terrorismo tem uma motivação religiosa e que precisamente o carácter religioso dos ataques serve como justificação para esta crueldade monstruosa, que crê poder anular as regras do direito por causa do "bem" pretendido. Aqui a religião não está ao serviço da paz, mas da justificação da violência.
A crítica da religião, a partir do Iluminismo, alegou repetidamente que a religião seria causa de violência e assim fomentou a hostilidade contra as religiões. Que, no caso em questão, a religião motive de facto a violência é algo que, enquanto pessoas religiosas, nos deve preocupar profundamente. De modo mais subtil mas sempre cruel, vemos a religião como causa de violência também nas situações onde esta é exercida por defensores de uma religião contra os outros. O que os representantes das religiões congregados no ano de 1986, em Assis, pretenderam dizer - e nós o repetimos com vigor e grande firmeza - era que esta não é a verdadeira natureza da religião. Ao contrário, é a sua deturpação e contribui para a sua destruição. Contra isso, objecta-se: Mas donde deduzis qual seja a verdadeira natureza da religião? A vossa pretensão por acaso não deriva do facto que se apagou entre vós a força da religião? E outros objectarão: Mas existe verdadeiramente uma natureza comum da religião, que se exprima em todas as religiões e, por conseguinte, seja válida para todas? Devemos enfrentar estas questões, se quisermos contrastar de modo realista e credível o recurso à violência por motivos religiosos. Aqui situa-se uma tarefa fundamental do diálogo inter-religioso, uma tarefa que deve ser novamente sublinhada por este encontro. Como cristão, quero dizer, neste momento: É verdade, na história, também se recorreu à violência em nome da fé cristã. Reconhecemo-lo, cheios de vergonha. Mas, sem sombra de dúvida, tratou-se de um uso abusivo da fé cristã, em contraste evidente com a sua verdadeira natureza. O Deus em quem nós, cristãos, acreditamos é o Criador e Pai de todos os homens, a partir do qual todas as pessoas são irmãos e irmãs entre si e constituem uma única família. A Cruz de Cristo é, para nós, o sinal daquele Deus que, no lugar da violência, coloca o sofrer com o outro e o amar com o outro. O seu nome é "Deus do amor e da paz" (2 Cor 13, 11). É tarefa de todos aqueles que possuem alguma responsabilidade pela fé cristã, purificar continuamente a religião dos cristãos a partir do seu centro interior, para que - apesar da fraqueza do homem - seja verdadeiramente instrumento da paz de Deus no mundo.
Se hoje uma tipologia fundamental da violência tem motivação religiosa, colocando assim as religiões perante a questão da sua natureza e obrigando-nos a todos a uma purificação, há uma segunda tipologia de violência, de aspecto multiforme, que possui uma motivação exactamente oposta: é a consequência da ausência de Deus, da sua negação e da perda de humanidade que resulta disso. Como dissemos, os inimigos da religião vêem nela uma fonte primária de violência na história da humanidade e, consequentemente, pretendem o desaparecimento da religião. Mas o "não" a Deus produziu crueldade e uma violência sem medida, que foi possível só porque o homem deixara de reconhecer qualquer norma e juiz superior, mas tomava por norma somente a si mesmo. Os horrores dos campos de concentração mostram, com toda a clareza, as consequências da ausência de Deus.
Aqui, porém, não pretendo deter-me no ateísmo prescrito pelo Estado; queria, antes, falar da "decadência" do homem, em consequência da qual se realiza, de modo silencioso, e por conseguinte mais perigoso, uma alteração do clima espiritual. A adoração do dinheiro, do ter e do poder, revela-se uma contra-religião, na qual já não importa o homem, mas só o lucro pessoal. O desejo de felicidade degenera num anseio desenfreado e desumano como se manifesta, por exemplo, no domínio da droga com as suas formas diversas. Aí estão os grandes que com ela fazem os seus negócios, e depois tantos que acabam seduzidos e arruinados por ela tanto no corpo como na alma. A violência torna-se uma coisa normal e, em algumas partes do mundo, ameaça destruir a nossa juventude. Uma vez que a violência se torna uma coisa normal, a paz fica destruída e, nesta falta de paz, o homem destrói-se a si mesmo.
A ausência de Deus leva à decadência do homem e do humanismo. Mas, onde está Deus? Temos nós possibilidades de O conhecer e mostrar novamente à humanidade, para fundar uma verdadeira paz? Antes de mais nada, sintetizemos brevemente as nossas reflexões feitas até agora. Disse que existe uma concepção e um uso da religião através dos quais esta se torna fonte de violência, enquanto que a orientação do homem para Deus, vivida rectamente, é uma força de paz. Neste contexto, recordei a necessidade de diálogo e falei da purificação, sempre necessária, da vivência da religião. Por outro lado, afirmei que a negação de Deus corrompe o homem, priva-o de medidas e leva-o à violência.
Ao lado destas duas realidades, religião e anti-religião, existe, no mundo do agnosticismo em expansão, outra orientação de fundo: pessoas às quais não foi concedido o dom de poder crer e todavia procuram a verdade, estão à procura de Deus. Tais pessoas não se limitam a afirmar "Não existe nenhum Deus", mas elas sofrem devido à sua ausência e, procurando a verdade e o bem, estão, intimamente estão a caminho d'Ele. São "peregrinos da verdade, peregrinos da paz". Colocam questões tanto a uma parte como à outra. Aos ateus combativos, tiram-lhes aquela falsa certeza com que pretendem saber que não existe um Deus, e convidam-nos a tornar-se, em lugar de polémicos, pessoas à procura, que não perdem a esperança de que a verdade exista e que nós podemos e devemos viver em função dela. Mas, tais pessoas chamam em causa também os membros das religiões, para que não considerem Deus como uma propriedade que de tal modo lhes pertence que se sintam autorizados à violência contra os demais. Estas pessoas procuram a verdade, procuram o verdadeiro Deus, cuja imagem não raramente fica escondida nas religiões, devido ao modo como eventualmente são praticadas. Que os agnósticos não consigam encontrar a Deus depende também dos que crêem, com a sua imagem diminuída ou mesmo deturpada de Deus. Assim, a sua luta interior e o seu interrogar-se constituem para os que crêem também um apelo a purificarem a sua fé, para que Deus - o verdadeiro Deus - se torne acessível. Por isto mesmo, convidei representantes deste terceiro grupo para o nosso Encontro em Assis, que não reúne somente representantes de instituições religiosas. Trata-se de nos sentirmos juntos neste caminhar para a verdade, de nos comprometermos decisivamente pela dignidade do homem e de assumirmos juntos a causa da paz contra toda a espécie de violência que destrói o direito. Concluindo, queria assegura-vos de que a Igreja Católica não desistirá da luta contra a violência, do seu compromisso pela paz no mundo. Vivemos animados pelo desejo comum de ser "peregrinos da verdade, peregrinos da paz". 

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Um caminho que dura a vida inteira

É uma imagem sugestiva tirada dos Actos dos apóstolos, o livro bíblico que narra os primeiros passos da Igreja, que abre e intitula o motu proprio de Bento XVI com o qual se convoca um novo "ano da fé", análogo àquele desejado por Paulo VI dois anos depois da conclusão do Vaticano II para recordar o martírio dos apóstolos padroeiros de Roma: Porta fidei, exactamente, a porta que Deus abriu aos pagãos na época do imperador Cláudio e das missões de Paulo. E por conseguinte, desde então, a todos os povos. Até hoje, no início do século XXI, num mundo global sujeito a mudanças rápidas e imprevisíveis.
O documento - anunciado pelo Papa, na conclusão do importante encontro com o qual o organismo encarregado da nova evangelização se pôs de facto em funcionamento - é quase uma pequena encíclica, impregnada de referências bíblicas e percorrida por uma atenção sensibilíssima à época actual. No sulco do Vaticano II e de quem o conduziu, governou, concluiu e iniciou a sua aplicação na Igreja e para o mundo: Paulo VI e João Paulo II. Assim, é significativa a data do motu proprio, 11 de Outubro, aniversário da abertura do concílio e memória litúrgica do beato João XXIII, o Pontífice que teve a coragem de o convocar e o inaugurou.
Com efeito, exactamente no dia 11 de Outubro de 2012 - no cinquentenário do início do concílio e no vigésimo aniversário da publicação do Catecismo da Igreja Católica, que é o seu fruto doutrinal sucessivo mais rico - iniciará o ano da fé, semelhante ao querido por Paulo VI em 1967: "Se o Concílio não trata expressamente da fé, fala sobre ela em cada página", disse o Papa a 8 de Março. E no dia 29 de Junho, décimo nono centenário dos apóstolos Pedro e Paulo, abriu o ano da fé, que concluiu em 30 de Junho de 1968 proclamando o Credo do povo de Deus.
No motu proprio Bento XVI recorda que o seu predecessor imediato, também ele declarado beato, em 2001 definiu o Vaticano II "a grande graça da qual a Igreja beneficiou no século XX", e inclusive a nível histórico o acontecimento parece de relevância indiscutível, não obstante haja pontos de vista contrários e pouco consistentes. Do concílio Joseph Ratzinger - último Romano Pontífice que o viveu pessoalmente quando era jovem - no final de 2005 propôs uma leitura coerente com a tradição católica, convincente quer teológica quer historicamente.
E é precisamente no sulco do Vaticano II que se moverá esta nova iniciativa de um Papa que sabe falar a todos e quer ir sempre ao essencial. Dessa forma, Bento XVI reivindica o facto de que, desde o início do seu ministério como sucessor do apóstolo Pedro, exortou para "a exigência de redescobrir o caminho da fé". É isto que conta, também porque num contexto onde com frequência faltou "um tecido cultural unitário" inspirado na fé cristã não se deve aceitar "que o sal se torne insípido e a luz fique escondida".
Diante da sede de Deus que as mulheres e os homens do nosso tempo sentem nos desertos deste mundo cada fiel de Cristo então deve fazer brilhar, através da renovação pessoal contínua, o testemunho da única luz que ilumina o mundo. "Num caminho - escreve o Papa - que dura a vida inteira". 

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Perseguição à Igreja não vem de inimigos externos, diz Papa sobre denúncias de pedofilia.


A caminho de Portugal, o Papa Bento XVI disse, nesta terça-feira, que a onda de denúncias sobre abusos sexuais contra crianças cometidos por padres é a “maior perseguição à Igreja”, mas é resultado de pecados em seu interior, e não de “inimigos externos”. Em um de seus comentários mais fortes desde o início dos escândalos sobre pedofilia, o Papa pediu uma profunda purificação e penitência dentro da instituição, e disse que o “perdão não pode ser um substituto para a justiça“.

  – Hoje nós vemos de uma forma verdadeiramente terrível que a grande perseguição à Igreja não vem de inimigos externos, mas nasce do pecado dentro da Igreja – disse ele a jornalistas, no vôo para Lisboa, ao responder a pergunta sobre os escândalos de abusos sexuais.  - A Igreja precisa reaprender profundamente a penitencia, aceitar a purificação, aprender o perdão, mas também a justiça.
  Nas últimas semanas, diversas autoridades do Vaticano acusaram a mídia de promover uma campanha contra a Igreja, publicando denúncias inclusive contra o Papa, que negou ter acobertado religiosos pedófilos. Bento XVI, que faz sua primeira viagem a Portugal nos seus cinco anos de pontificado, chegou sem problemas a Lisboa.
   Intensifiquemos nossas orações pelos sarcedortes do mundo inteiro, pedindo a Deus que os faça santos, os protega e os livre de toda a tentação e de todo ataque de satanás e pedindo a Deus de modo especial pelo nosso  Papa Bento XVI. 

 Deus seja amado por todos os corações!

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O Papa Bento XVI assinalou que a missão da Igreja é falar de Deus a todo mundo.


Na homilia da Missa que presidiu esta manhã na Basílica de São Pedro ao concluir o encontro “Novos evangelizadores para a nova evangelização”, o Papa Bento XVI assinalou que a missão da Igreja é falar de Deus a todo mundo.
Conforme assinala a nota da Rádio Vaticano, o Santo Padre refletiu em sua homilia sobre o texto evangélico no qual Jesus responde aos fariseus “Dêem a Deus o que é de Deus e a César o que é de César”.
O Papa explicou que “esta palavra de Jesus são muito ricas de conteúdo antropológico, e não podem reduzir-se apenas ao âmbito político. A Igreja, portanto, não se limita a recordar aos homens a justa distinção entre a esfera de autoridade do César e a de Deus, entre o âmbito político e o religioso”.
“A missão da Igreja, como a de Cristo, é essencialmente falar de Deus, recordar sua soberania, recordar a todos, especialmente aos cristãos que perderam sua própria identidade, o direito de Deus sobre o que lhe pertence, quer dizer, nossa própria vida”.
Bento XVI explicou também que Deus é o Senhor da história e sempre propõe uma resposta autêntica à situação dos seres humanos que “depois da nefasta estação dos impérios totalitários do século XX, têm necessidade de reencontrar um olhar total do mundo e do tempo, um olhar verdadeiramente livre, pacifico”.
Este olhar, recordou, é o que “o Concílio Vaticano II transmitiu em seus documentos, e que meus predecessores, o servo de Deus Paulo VI e o beato João Paulo II, ilustraram com seu Magistério”.
Bento XVI sublinhou que todo fiel deve fazer parte da tarefa da nova evangelização, para o qual é imprescindível rezar constantemente e viver em comunhão com os irmãos.
Além disso, disse, “cada missionário do Evangelho deve sempre ter presente esta verdade: é o Senhor que tocou os corações com sua Palavra e seu Espírito, chamando as pessoas à fé e à comunhão na Igreja”.
“A evangelização para ser eficaz, tem necessidade da força do Espírito, que anima o anúncio e infunde em quem o leva aquela ‘plena certeza’ da qual nos fala o Apóstolo” São Paulo.
Voltando para as palavras de Cristo sobre o que corresponde a Deus e ao César, o Papa indicou que com esta valiosa expressão Jesus mostra que Ele “com efeito, é verdadeiro e ensina o caminho de Deus segundo a verdade. Ele mesmo é este ‘caminho de Deus’, que estamos chamados a percorrer. Podemos recordar as palavras de Jesus, no Evangelho de João: ‘Eu sou o caminho, a Verdade e a vida’”.
“Os novos evangelizadores estão chamados a caminhar em primeira fila neste Caminho que é Cristo, para que os outros conheçam a beleza do Evangelho que dá vida. E neste caminho, não andamos sós, mas sim em companhia: uma experiência de comunhão e de fraternidade que se oferece a quantos encontramos, para fazer partícipes a outros nossa experiência de Cristo e de sua Igreja”.
Assim, disse o Papa Bento XVI, “o testemunho, junto ao anúncio, pode abrir o coração de quantos procuram a verdade, para que possam alcançar o sentido de sua própria vida”.
Bento XVI também explicou que se as palavras do Jesus sobre as moedas, nas que estava cunhada a imagem do César, também são uma referência clara à imagem e semelhança de Deus que cada pessoa tem ao ter sido criada por Ele.
Por isso, recorda as palavras de Santo Agostinho: “se o César reclamar sua própria imagem esculpida na moeda –afirma-não exigirá Deus do homem a imagem divina esculpida nele?. E mais ainda: ‘Como se volta a dar ao César a moeda, assim se volta a dar a Deus a alma iluminada e esculpida pela luz de seu rosto… Cristo em efeito vive no interior do homem’”.
“Queridos irmãos e irmãs, vocês estão entre os protagonistas da nova evangelização que a Igreja empreendeu e leva adiante, com dificuldade, mas com o mesmo entusiasmo dos primeiros cristãos”.
Finalmente o Papa assegurou suas orações por quantos se empenham na tarefa da nova evangelização e propôs como exemplo a Virgem Maria, de quem se deve aprender a ser alegres, humildes e “ao mesmo tempo valentes; singelos e prudentes; equilibrados e fortes, não com a força do mundo, mas com a da verdade”.
|
Vaticano, 16 Out. 11 / 11:45 am (ACI/EWTN Noticias)

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

São Nicolau Tolentino, protetor das Almas do Purgatório



São Nicolau Tolentino
S. Nicolau Tolentino teve uma visão de um imenso vale onde multidões de almas se retorciam de dor num braseiro imenso e gemiam de cortar o coração. Ao perceberem o Santo, bradavam suplicantes, estendendo os braços e pedindo misericórdia e socorro. Padre Nicolau, tem piedade de nós! Se celebrares a Santa Missa por nós, quase todas seremos libertadas de nossos dolorosos tormentos. São Nicolau celebrou sete missas em sufrágio dessas almas. Durante a última Missa apareceu-Ihe uma multidão de almas resplandecentes de glória que subiam ao céu.
Conhecido tambem como Santo Padroeiro das Almas Santas ou São Patrocínio
Nasceu em 1245 em Sant’Angelo, Diocese de Fermo, Itália. Seus pais já de idosos, Compagnonus de Guarutti e Amata de Guidiani, não tinham filhos até uma visita ao Santuário de São Nicholas em Bari na Itália, suas preces para terem um filho foram finalmente atendidas. Em gratidão chamaram seu filho de Nicholas.
Frade agostiniano com 18 anos e um estudante do Beato Angelus de Scarpetti, mais tarde monge emRecanati e Macerata. Ordenado aos 25 anos. Ele teve visões de anjos recitando “para Tolentino”. Ele interpretou como sendo um sinal para se mudar para a cidade de Tolentino e o fez em 1274, onde ele viveu o resto de sua vida.
Trabalhou como um pacificador numa cidade envolvida pela guerra civil. Pregava todos os dias e fazia milagres e curava doentes, sempre que precisava demonstrar o poder de Deus. Ele sempre dizia a todos que curava apenas com sua benção e preces : “Não contem nada disso”.
Recebeu visões inclusive imagens do Purgatório e fazia jejuns de longa duração pelas as almas do Purgatório. Ele tinha uma grande devoção aos recem falecidos, pregando e orando para as almas do Purgatório sempre que viajava em sua paróquia e com freqüência até tarde da noite.
Uma vez muito doente ele teve uma visão da Virgem Maria, Santo Agostinho e Santa Mônica. Eles disseram a ele para comer certo tipo de pãozinho mergulhado em água benta. Curado, ele começou a curar outros administrando o pãozinho e orando preces a Virgem Maria. Os pãezinhos passaram a se chamar “Os pães de São Nicolas” e ainda são distribuídos em seu Santuário.
Ele teria ressuscitado mais de uma centena de crianças já mortas inclusive algumas que se afogaram juntas. A tradição diz que o demônio uma vez bateu nele com uma vara . A vara foi mostrada em sua igreja por vários anos. Ele era vegetariano e, certa serviram a Nicolas uma ave assada e ele fez um sinal da cruz sobre ela e ela simplesmente voou pela janela.
Certa vez nove passageiros em um navio que estava no meio de uma terrível tempestade em alto mar, pediram ajuda a São Nicholas e ele simplesmente apareceu no céu vestido de um hábito preto e irradiando uma luz brilhante e segurando um lírio em sua mão esquerda e com sua mão direita acalmou a tempestade e o barco chegou salvo ao seu destino. De outra vez a aparição do santo salvou o palácio de Doge de Veneza, de se queimar totalmente, lançando um pedaço pão às chamas.
Ele morreu de causas naturais em 10 de setembro em Tolentino, suas relíquias foram redescobertas em Tolentino em 1926 e foram colocadas em um lindo Santuário feito para elas.
Oração de São Nicolau de Tolentino
Oh! glorioso Taumaturgo e Protetor das almas do purgatório, São Nicolau de Tolentino!
Com todo o afeto de minha alma te rogo que interponhas tua poderosa intercessão em favor dessas almas benditas, conseguindo da divina clemência a remissão de todos os seus delitos e suas penas, para que saindo daquele tenebroso cárcere de dores, possam a ter no céu a visão beatífica de Deus.
E a mim, teu devoto servo, alcançai-me, oh! grande santo!, a mais viva compaixão e a mais ardente caridade até aquelas almas queridas.
Amém.

TRATADO DA CASTIDADE – SANTO AFONSO DE LIGÓRIO



Retirado de “Tratado da Castidade”, de Santo Afonso de Ligório, o excerto abaixo é uma exortação às almas que querem fugir do pecado da impureza.
São recomendadíssimas as palavras desse Doutor da Igreja, especialmente para aqueles que estão afogados na lama do pecado da masturbação, da pornografia, da fornicação, do adultério, dos vícios e prática homossexuais.
“Bem aventurados os puros”, diz Jesus. Sejamos puros. Só assim poderemos alcançar a glória do Reino de Deus.
COMO FUGIR DA IMPUREZA?
Se fores, pois, molestada por tais tentações, alma cristã, não deves perder a coragem, antes, animosamente combater, empregando os meios que te vou indicar, e não sucumbirás:
a) O primeiro é humilhar-se continuamente diante de Deus. O Senhor castiga muitas vezes os espíritos soberbos, permitindo que caiam em qualquer pecado impuro. Sê, pois, humilde, e não confies em tuas próprias forças. Davi confessa que caiu no pecado por não ter se humilhado e ter confiado demais em si mesmo: “Antes de me haver humilhado, eu pequei” (Sl 118, 67). Devemos temer sempre a nossa própria fraqueza e colocar em Deus toda a nossa confiança, esperando firmemente que nos preserve desse vício.
b) O segundo meio é recorrer imediatamente a Deus, sem entrar em diálogo com a tentação. Logo que se apresentar ao nosso espírito um pensamento impuro, devemos elevar a Deus imediatamente o nosso pensamento ou dirigi-lo a qualquer objeto indiferente. A coisa melhor será invocar imediatamente os Santíssimos Nomes de Jesus e Maria, e não cessar de repeti-los até desaparecer a tentação. Se ela for muito forte, será bom repetir muitas vezes o seguinte propósito: Ó meu Deus, prefiro morrer a Vos ofender. Peça-se socorro, dizendo: Ó meu Jesus, socorrei-me. Maria, assisti-me. Os Nomes de Jesus, Maria e José possuem uma força especial para afugentar as tentações do demônio.
c) O terceiro meio é a recepção assídua dos Santos Sacramentos da Confissão e da Comunhão. É de suma importância revelar quanto antes ao confessor as tentações impuras. “Uma tentação revelada já está meio vencida”, diz São Filipe Néri. E se alguém teve a infelicidade de consentir em uma tentação, não se demore nenhum instante em se confessar disso. São Filipe Néri livrou um rapaz desse vício, induzindo-o a confessar-se logo depois de cada queda.
A Santa Comunhão, está fora de dúvida, confere uma grande força na resistência às tentações desonestas. O Sangue de Jesus Cristo, que recebemos na Sagrada Comunhão, é chamado pelos Santos de ‘Vinho gerador de Virgens’ (Zac 9, 17). O vinho natural é um perigo para a castidade; este Vinho Celestial é o seu conservador.
d) O quarto meio é a devoção à Imaculada Mãe de Deus, que é chamada a Virgem das Virgens. Quantos jovens não se conservaram puros e castos como Anjos, devido à devoção à Santíssima Virgem!
e) O quinto meio é a fuga da ociosidade. O Espírito Santo diz (Ecli 33, 21): “A ociosidade ensina muita coisa má”, isto é, ensina a cometer muitos pecados. E o profeta Ezequiel (Ez 16, 49), assevera que foi a ociosidade a causa das abominações e ruína final dos habitantes de Sodoma. Conforme São Bernardo, a ociosidade motivou a queda de Salomão. Por isso São Jerônimo exorta a Rústico (Ep. ad Rust., 2) que esteja sempre ocupado, para que o demônio não o preocupe com suas tentações. “Quem trabalha é tentado por um demônio só; quem vive ocioso, é atacado por uma multidão deles”,diz São Bo Ventura
f) O sexto meio consiste no emprego de todas as precauções exigidas pela prudência, tais como a modéstia dos olhos, a vigilância sobre as inclinações do coração, a fuga das ocasiões perigosas, etc.
Irmãos devemos lutar Cotidianamente,com todas as nossas forças.Amém!

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Menino americano muda de sexo!


Satanas hoje utiliza-se de vários metodos para enganar as pessoas. Nesse caso um pai, da Força Aérea, concorda com seu filho de apenas 8 anos, que não tem nem a mente amadurecida, em uma mudança de sexo, coisa abominavel aos olhos de Deus. Toda a família é enganada e satanas usa como instrumentos o pediatra, que não é sábio e não sabe dar os conselhos certos, cristãos. Em Levítico 20,13 diz: “Quando também um homem se deitar com outro homem, como com mulher, ambos fizeram abominação; certamente morrerão; o seu sangue será sobre eles.” e em Deuteronômio 22,5 diz: “Não haverá traje de homem na mulher, e nem vestirá o homem roupa de mulher; porque, qualquer que faz isto, abominação é ao SENHOR teu Deus.”. Vejemos a história:
Um menino de 8 anos do Arizona, nos Estados uidos, foi reconhecido legalmente como menina aos 8 anos. Joey Romero, agora Josie, foi diagnosticada como transexual quanto tinha apenas 6 anos. Segundo a mãe, desde os 4 nos a filha não aceitava as explicações dos pais e afirmava que era uma menina. “Quando começou a falar ela dizia ‘sou uma menina’, e nós a corrigíamos, ‘não, você é um menino’”, disse Vanessia, de acordo com o site do jornal Telegraph. O pai, Joseph, engenheiro da Força Aérea americana, afirmou que foi difícil superar a mudança. “Eu lamentava a perda de meu filho, mas quando cheguei a um acordo com ele soube que tinha ganhado uma filha”, disse. Os pais contaram o que acontecia com o filho ao pediatra quando ele tinha 5 anos e o médico os encaminhou a um especialista, foi quando eles começaram a aceitar a mudança de sexo do filho. Aos 8 anos, Josie foi reconhecida legalmente como uma menina em sua certidão de nascimento e no passaporte. A partir de agora, ela será medicada para prevenir a adolescência masculina. Aos 12 anos começará a receber hormônios femininos e passará por uma cirurgia.
O mundo de hoje esta louco, não distinguem mais o certo do errado, perderão a coerência. Mesmo que não fossem tementes a Deus um sensato não deixaria seu filho fazer uma loucura dessas, é perdição para o filho, o pai e a mãe.
Busquemos a santidade irmãos pois é ela que irá nos iluminar em meio a um mondo de trevas que é o de hoje. Vivemos nesses tempos o drama da fé. Nossa vida até a morte tem que ser uma oração continua e incessante, quando estivermos falando possa ser uma oração, quando estivermos nos alimentando, dormindo, que as nossas vidas possam ser testemunho de conversão para outras almas, assim como foi a vida de Jesus. Penitencia, sacrificio, oração, despreso pelas coisas do mundo, desejo de salvação para se e para outras almas, jejum, humilhação perante Deus, humildade, castidade, obediência, amor, misericordia, santidade, olhar direcionado a Deus em todas as circunstâncias e momentos, é assim que podemos ser um outro Jesus aqui na terra, podendo ir também pelo martírio que nos iguala com certa diferença ao nosso Redentro, Jesus Cristo, que amou, abraçou e beijou a Cruz, por amor a todos nós.
“A humildade é o própio Jesus, por isso a SS. Virgem é a Mãe da humildade.”, peçamos a Ela para nos guardar e proteger.