quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Condenada à morte por beber um copo de água


No Paquistão, numa plantação de bagas, uma camponesa católica - Asia Bibi - ousou beber água de uma vasilha comum.
Que blasfémia, meu Alá. Como se sabe, as beatas católicas têm vírus letais, que podem contaminar as outras pessoas (muçulmanas boazinhas, neste caso). As colegas de trabalho de Asia Bibi reagiram de forma justa, apelidando-a de “Haram“, isto é, “és uma porca, ó católica“. Perante esta ofensa terminal, a sede metediça de Bibi só podia ter uma consequência: a condenação à morte pelo chefe da aldeia.
É bem feito, sim senhora. Quem a mandou beber água do balde comum, ah? Quem? A senhora dona Asia Bibi não sabia que os muçulmanos bonzinhos não podem ter contacto com os católicos impuros? É bem feito, pá. Estamos a falar de alguém que acredita em Jesus, esse charlatão que se julga acima de Maomé. Ou seja, além de impura, Asia Bibi é estúpida. Agora tem aí a paga. E já vem tarde.
Ainda por cima, esta herege não baixou os olhos quando foi repreendida. No Paquistão, “ser cristão é saber baixar um pouco os olhos“ . É normal, pois então: os cristãos são uns míseros 6 milhões num universo de 170 milhões de muçulmanos puros e imaculados. Não respeitando este contexto, a catolicazinha não baixou os olhos e, vejam bem, ainda protestou. Estava mesmo a pedi-las.
E, reparem, o chefe da aldeia ainda lhe deu uma chance:“se não queres morrer, deves converter-se ao Islão”. Que simpatia de homem, que gentileza, que tolerância milenar (estou que nem posso). E sabem qual foi a reação da galdéria católica? Recusou esta oferta de boa vontade. Portanto, Asia Bini tem mesmo de morrer, porque o profeta precisa de ser vingado.
Agora, esta frescalhona está presa nas masmorras de Sheikhupura, numa cela com três metros quadrados e sem luz do sol. E parece que o líder religioso lá do sítio já ofereceu 500 mil rupias pela sua morte. Confesso que estou que nem posso. Estas beatas têm de aprender a não sair da sua toca, não é verdade?
Como podemos ver, existe mais do que nunca nos dias de hoje verdadeiros cristão que morrem por cristo, grandes mártires que sem medo derramam todo o sangue por JESUS e Sua IGREJA. Os finais dos tempos está a cada dia que passa se aproximando, nos preparemos para nunca por medo ou por falta de profundidade negarmos o Deus verdadeiro e único, aquele que foi, que é, e que ha de vir, o nosso Deus criador todo poderoso. Nos preparemos irmãos, pois os dias foram abreviados, e temos que estar preparados para também darmos nossa vida como ato amor a Deus! Ele já reservou o nosso lugar no céu! vamos juntos de encontro ao Deus que é todo amor e que nos criou para sermos cidadãos da pátria celeste! Não deixemos que falsos profetas, e nenhum demônio da modernidade consiga nos arrancar de Deus, renunciados de nós mesmos e do mundo vamos buscar de todo o coração a santidade, ela é real pois se Deus nos inspirou, Ele também nos capacitou. Nos apropriemos dessa graça! Deus nos abençoe!!!

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O exorcismo no cinema


 

Trago aqui um trecho de uma matéria publicada na revista A Tribuna, da Arquidiocese de Campinas, onde pude responder algumas perguntas acerca dos filmes sobre exorcismos, que têm aparecido com certa frequencia nos cinemas.(Pe. Demétrio)
A Tribuna: Padre, o exorcismo é um tema que exerce fascínio entre as pessoas e sempre explorado pelo cinema, que abusa dos “sustos” como forma de garantir a audiência. O que é o exorcismo?
Pe. Demétrio Gomes: O exorcismo é uma ação litúrgica – propriamente um sacramental – utilizada, como afirma o Catecismo da Igreja Católica, quando a Igreja pede publicamente e com autoridade, em nome de Jesus Cristo, que uma pessoa ou objeto sejam protegidos contra a ação do Maligno e subtraído ao seu domínio.
A prática dos exorcismos foi iniciada na Igreja pelo seu próprio Fundador, e nela esteve presente ao longo de toda sua existência. Foi o mesmo Senhor quem deu aos apóstolos o poder de expulsar os espíritos imundos, afirmando que, entre os sinais que os acompanhariam os que crêem, estaria a expulsão dos demônios (cf. Mt 16,17).
Atualmente os exorcismos podem ser classificados como públicos eprivados. Os primeiros são aqueles administrados em nome da Igreja, por uma pessoa legitimada e segundo os ritos previstos; em caso contrário, são privados. Também como solenes e simples. Os exorcismos solenes são aqueles previstos para os casos de possessão ou obsessão diabólica; já os simples são aqueles que estão integrados dentro de outros ritos, como os do catecumenato ou do batismo.
A Tribuna: Em linhas gerais, qual é a posição da Igreja para reconhecer a necessidade de um exorcismo? Quem pode ministrá-lo?
Pe. Demétrio Gomes: Como afirmou certa vez o Papa Bento XIV, na Carta Sollicitudini, de 1745, essa necessidade se dá quando o exorcista possui uma certeza moral de que o exorcizando esteja realmente atormentado pelo demônio. Essa certeza moral é atingida quando se emprega todos os meios prudenciais para certificar-se que não se trata de algum fenômeno de ordem puramente natural.
O exorcismo solene, tal como está previsto no Ritual de Exorcismos só pode ser realizado por um sacerdote e com a devida licença do Bispo diocesano, que pode concedê-la, como indica o Código de Direito Canônico, a um presbítero piedoso, douto, prudente e com integridade de vida.
A Tribuna: Psiquiatria, psicologia e neurologia hoje diagnosticam e oferecem tratamento para muitos transtornos antes encarados como possessão demoníaca. Esses aspectos são considerados pela Igreja na avaliação dos casos em que se suspeita de possessão? Quando o exorcismo é descartado?
Pe. Demétrio Gomes: Para evitar uma tendência a considerar todos os eventos aparentemente extraordinários uma intervenção do demônio, o próprio Ritual de Exorcismos indica que, antes do uso deste sacramental, o exorcista deve manifestar a máxima prudência, não crendo facilmente que alguém esteja possesso, pois não se descarta a princípio a existência de alguma doença, sobretudo de ordem psíquica. Neste sentido, o exorcista, sempre observando o sigilo da confissão, poderá recorrer aos peritos em ciência médica e psiquiátrica para avaliação de cada caso. Se ficar comprovado que o fenômeno é de fato de ordem natural, não deverá ser realizada a celebração do exorcismo.
Agora, a Igreja está atenta a outro extremo. Àquela postura dos que consideram que o demônio não intervém na vida dos homens, tentando reduzir a intervenção dos espíritos malignos a fenômenos meramente psíquicos ou paranormais. Também o Ritual de Exorcismo alerta para esta questão, solicitando a atenção aos artifícios e fraudes usadas pelo Diabo para enganar a pessoa, para convencer o possesso a não se submeter ao exorcismo, afirmando tratar-se de doença natural. Aliás, esta é uma das grandes vitórias do demônio: fazer acreditar que ele não existe, ou que não atua na história dos homens de hoje. Infelizmente pode acontecer, como notou certa vez o exorcista de Roma, o Pe. Gabriele Amorth, muitos sacerdotes aderem a esta segunda postura, e acabam descuidando do tremendo dever de caridade que têm de atender a estas pessoas atormentadas pelo demônio, afirmando, sem uma diligente investigação, tratar-se de algum fenômeno psicológico.
A Tribuna: Avaliando, de forma mais direta, três filmes que abordam o Exorcismo: “O Exorcista”, “O exorcismo de Emily Rose” e “O Ritual”, mais recente, em quais pontos (de forma geral) essas obras apresentam conteúdo fidedigno ao Exorcismo na Igreja e em quais se distancia?
Pe. Demétrio Gomes: Sobre os três filmes citados, pode-se dizer que abordam conteúdos reais que ocorrem realmente nos exorcismos, acrescentados com toques cinematográficos para tornar os filmes mais “palatáveis” para os apreciadores do gênero. Entre os elementos que ocorrem nos casos de manifestações demoníacas e que os filmes trazem, estão: o falar palavras em línguas desconhecidas, a manifestação de coisas distantes ou ocultas, superioridade de força em relação à idade ou condições físicas, aversão a Deus, à Virgem Maria, aos demais santos e à Igreja. Não é difícil encontrar estes elementos nos filmes citados, o que certamente revela que houve um mínimo de preocupação por parte dos diretores por investigar os casos de exorcismo na Igreja. Aliados a estes conteúdos aparecem também outras imprecisões, que certamente passarão desapercebidas pelo público geral. Penso, por exemplo, no último exorcismo do filme “O Ritual”, onde o seminarista – ou diácono? – aparece realizando as funções próprias e exclusivas de um sacerdote na celebração do Exorcismo Maior. Apesar dessas e outras imprecisões, penso que esses filmes trazem muito mais semelhanças com o real do que cenas fantasiosas.
A Tribuna: Algo nesses filmes chamou sua atenção ou surpreendeu?
Pe. Demétrio Gomes: Em minha opinião, existe uma característica comum a esses filmes citados – sobretudo aos dois últimos – que me parece digna de ser mencionada. Mesmo estando elencados na categoria “terror”, não diria que são filmes propriamente desse gênero. Sem dúvida alguma, contêm cenas assustadoras, que nos permitem vislumbrar o quão extraordinariamente podem manifestar-se as forças infernais. Porém, vejo estes filmes como um grande convite ao telespectador a enfrentar-se diante de uma pergunta fundamental: “Será que tudo o que existe se esgota nesta realidade que conhecemos pelos nossos sentidos?”. Parece-me que estes filmes proporcionam um grande apelo a abrir-nos ao sobrenatural, a descobrirmos que existe uma realidade que nos rodeia e ultrapassa aquilo que podemos captar com nossos sentidos, sem ferir, contudo, a nossa razão natural. A existência do demônio – tônica desses filmes – é um grande chamado a pensarmos na existência de Deus, sem o qual aquele não existiria. No fundo, subjaz – talvez inconscientemente – algo bem semelhante ao argumento filosófico utilizado por Santo Agostinho de Hipona, que apontava para a existência de Deus – o Bem – a partir da existência do mal, já que este consiste na privação do bem.
Estas características aparecem em algumas frases que chamam bastante a atenção do atento espectador. Cito, por exemplo o trecho da Carta de São Paulo, que aparece na lápide do túmulo Emily Rose, ao final do filme: “trabalhai pela vossa salvação com temor e tremor” (Fil 2,12). E outra do filme “O Ritual”, que é uma frase do Pe. Lucas, personagem de Anthony Hopkins para o jovem seminarista Michael Kovak: “Escolher não acreditar no demônio não te protegerá dele.” Uma excelente exortação aos homens de nosso tempo, que pretendem banir toda a alusão a Deus da esfera pública. A presença do mal no mundo, paradoxalmente, é uma manifestação patente de que Deus existe.
Termino lembrando umas palavras tomadas dos escritos de Santa Teresa de Jesus bastante confortadoras diante do temor que pode surpreender-nos ao tratar deste tema: “O demônio teme uma alma unida a Deus, como teme o próprio Deus.” É por isso que o sacramento da Penitência – mais importante que os exorcismos, que são apenas sacramentais – é tão temido pelo demônio, pois aumenta a união do fiel a Deus. Infelizmente é um dos sacramentos mais negligenciados de nosso tempo…