sábado, 26 de junho de 2010

O uso do véu devocional na Santa Missa


Remonta desde o inicio do cristianismo no Oriente. Alem de ser um preceito bíblico se preservou na Igreja de Cristo por milênios. E ainda é seguido por grupos tradicionais e conservadores pela Igreja Católica romana e pelas demais Igrejas do Oriente.

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Até o Concílio Vaticano II em 1968, era lei canônica o uso do véu nas missas católicas romanas. Fazia parte do antigo direito canônico , a mulher que estivese sem o véu numa missa era sinal de desonra e de falta respeito. As autoridades maiores da Igreja Latina, entenderam que não deveria ser mais obrigatorio o seu uso e ficou a par do desejo pessoal da fiel usar ou não. Levando em conta a "revolução litúrgica" da década de 70 (sec. XX) o uso devocional foi quase que abolido. Mantido no entanto pelas mulheres mais velhas ou pertencentes a grupos marianos mais tradicionais.

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No entanto em muitas dioceses mais antigas e de grupos pertencentes a fraternidades, associações conservadoras como Opus Dei, Regum Christi , Arautos do Evangelho ...é mais comum ver mulheres usando o véu nas missas. Já na liturgia antiga romana "Tridentina" ficou preservado o uso do véu e nas liturgias orientais como a bizantina , copta, caldeia e siriaca.


Existe uma fundamentação biblica para o uso do véu pelas mulheres cristãs:


"Toda mulher que ore ou profetize com a cabeça descoberta desonra a sua cabeça"

(1 Cor. 11,5)

Não se trata de saudosismo nem "tradicionalismo" é sim devoção e preceito bíblico.
Mulheres! não tenham vergonha, use o véu nas missas... comecem a dar o exemplo!




O uso do véu como endumentária está ligado atualmente a práticas religiosas e sempre adotado por mulheres. No mundo islâmico adota-se o véu para uso durante todo o dia. No Brasil, há alguns anos, era adotado pela Igreja Católica como obrigatório (hoje porém, em desuso) com a cor preta para casadas e branco para solteiras. Atualmente a Congregação Cristã no Brasil, A Igreja Pentecotal As Maravilhas de Deus e a Assembléia Apostólica da Fé em Cristo Jesus observam esse costume, adotando-o somente durante os serviços religiosos e orações. Também ensinam tal uso, denominações como: Casa de Oração - Irmãos, Congregação Cristã Apostólica, Assembléias Cristãs,Congregação Cristã do Sétimo Dia, Igreja do Oriente, Assembléia Cristã Iraniana, Igreja evangélica Missão de Jesus Cristo, Igreja evangélica Arabe, Mennomitas, Amish, Obra da Restauração, Igreja Prebisteriana Livre do Usler, etc.

Doutrinas relacionadas ao uso do véu

Para adotar o uso do véu, a doutrina cristã segue o que ficou registrado por Paulo de Tarso na carta Aos Coríntios da Bíblia; onde o apóstolo, deixa as seguintes citações: 1COR 1.2 lemos “À Igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso:
"À Igreja que está em Corinto,... com todos os que invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo..." "Para: os cristãos de Corinto... e para todos os cristãos em toda parte, todos quantos invocam o nome de Jesus..." (tradução da Bíblia Viva).
O apóstolo prega que, o desuso do véu, ao profetizar ou orar, faz com que a mulher desonre a sua cabeça, comparando-a a uma cabeça raspada. Assim, não usando a mulher o seu véu, desonra pela não sujeição ao varão, que é a sua cabeça; por sua vez o varão que ora ou fala com a sua cabeça coberta, desonra a Cristo - a sua Cabeça. Contudo, a mulher que desonra o varão pela sua não sujeição, e tendo este como cabeça a Cristo, e sendo este a imagem e glória de Deus, a mulher, com tal atitude, está a desonrar diretamente a Cristo, visto que não esta reconhecendo a ele sujeição "A Cabeça do Corpo da Igreja" (Col.1:18). Segundo a carta, não é necessário pela mulher usar o véu além dessas duas situações porque um cabelo crescido seria um substitutivo para quando não estivesse orando ou profetizando. O véu seria ainda, um sinal de poder dos anjos celestes. Da mesma forma, é pregado que os homens desonrariam suas cabeças se as cobrissem com um véu e que também é desonra para eles deixar de cortar os cabelos.
Para os islâmicos, o uso do véu é um sinal de recato, respeito e modéstia.

Para compreendermos essa distinção entre o homem e a mulher, quanto a cobrir ou não a cabeça, devemos ter em mente, em primeiro lugar, que Paulo está se referindo aqui ao véu como um “sinal de estar sob a autoridade de outrem” (Leon Morris). Essa distinção baseava-se no princípio de que Cristo é “o cabeça de todo homem, e o homem, o cabeça da mulher” (verso 3). Por conseguinte, se a mulher deixasse de usar o véu, ela estaria assumindo uma atitude de desonrosa insubordinação para com o seu marido. Por outro lado, se o homem passasse a cobrir a cabeça, ele estaria negando “ser ele imagem e glória de Deus” (verso 7), reconhecendo o senhorio de outra autoridade em sua vida.
Mas essa subordinação funcional da mulher à autoridade do homem não pode ser isolada da declaração paulina de igualdade essencial entre ambos os sexos. Nos versos 11 e 12, Paulo é claro em asseverar: “No Senhor, todavia, nem a mulher é independente do homem, nem o homem, independente da mulher. Porque, como provém a mulher do homem, assim também o homem é nascido da mulher; e tudo vem de Deus”. Esse mesmo conceito de igualdade essencial é enunciado também em Gálatas 3:28: “Dessarte, não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus”.


O véu nas mulheres é a lembrança permanente dentro da Igreja daquilo que não vemos, que é mistério, está perto mas está encoberto por um véu".


" Por isso a mulher deve trazer o sinal da submissão sobre sua cabeça" (I Cor 11, 10)
O assunto seria específico à igreja em Corinto. Os que assim argumentam se estribam no erro de que a primeira epístola aos Coríntios se prende obstinadamente a fatos locais, logo, o uso do véu pelas mulheres seria específico para aquela igreja local.
Sem dúvida, essa afirmação é absurda, pois é claríssima a universalidade da epístola ... à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para serem santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome do Senhor Jesus, Senhor deles e nosso (ICo.1:2). Será por demais pretensioso afirmar que os males que afligiam aquela igreja jamais ocorreriam em outras. O Espírito Santo orientou Paulo nesse sentido a fim de que as demais igrejas aprendessem com os erros cometidos por aqueles irmãos e evitassem os mesmos procedimentos.
Sabemos que apesar dessas admoestações, esses erros não deixaram de ser praticados, pois, ainda hoje, cometem-se os mesmos pecados apesar das advertências contidas nessa carta. Dizer-se que assuntos correlatos à ordem nos cultos, a participação na ceia, o ordenamento dos dons espirituais, a sublimidade do amor, a ressurreição dos mortos, e os assuntos pertinentes à coleta, seriam específicos à igreja em Corinto, no mínimo é por desconhecimento bíblico, pois, se for de caso pensado é de má fé.

Nathalia Geroliza Michel Maria

Um comentário:

  1. Sra. Nathalia!

    Parabenizo-a pelo excelente e oportuno artigo sobre o véu!

    Claro está que a maioria das pessoas quando não querem praticar certa coisa, encontra vários argumentos para impugná-la.

    Hoje em dia os "novos católicos", como os Carismáticos por exemplo, para justificar os erros que professam alegam: "o concílio disse isto....aquilo....." É só perguntar: pode me fazer o favor de informar qual o documento do Concílio.....para minha consulta"?

    A resposta será uma evasiva......todos sabemos disto.

    Bem.....continue senhora Nathalia, a postar artigos deste nível, que será bom para a cristandade.


    Abraços.


    Eli

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Obrigado por poder partilhar com você, gratidão por sua vida, reze sempre por minha conversão. Deus lhe bendiga

Michel Maria