domingo, 5 de setembro de 2010

ASPECTOS SOCIAIS DO ABORTO

Elizabeth Kipman Cerqueira

Alcance do Problema do aborto ultrapassa
enormemente os casos particulares apresentados na
mídia.
É preciso que pesquisemos a que se refere, na realidade,
a liberação do aborto o que acaba nos conduzindo ao
questionamento quanto à existência de um processo
que, sem dúvida, conduz ao aborto livre. Processo de
alcance mundial.
Não há dúvida de que são extremamente dolorosos os
casos de gestação decorrente do estupro, a gestação de
uma criança com malformações ou, mesmo, uma
gestação não desejada por qualquer que seja o motivo.
A mulher se sente desprotegida, “obrigada” a levar
adiante uma gestação que a “invadiu” sem que ela
quisesse ou da forma como ela não desejava.
Entretanto, deve ficar muito claro, que o direito à vida
uma vez agredido, abre uma brecha na estrutura de toda
a sociedade que passa de concessão em concessão a
entregar os valores que a estruturam e a mobilizam ao
desenvolvimento.
A mulher deve ser profundamente acolhida, amparada,
apoiada, compreendida. O homem deve ser responsável
com ela quanto à gestação indesejada. O aborto
simplesmente o exime da responsabilidade e a sociedade
deve educá-los e se organizar para uma cultura
masculina que assuma que o filho gerado é gerado pelo
homem e pela mulher. A grande maioria das mulheres
que realizam o aborto clandestino em um país em que
ele não é legalizado, o faz por experimentar o desespero
em uma situação aparentemente sem saída. O aborto
parece ser a única solução. Mas, muitas mães
reconhecem que se houvesse o aborto livre, teriam
apelado para ele e que, não o fazendo, houve tempo
para encontrar o encaminhamento pessoal de outra
forma. As famílias, as comunidades, os vizinhos, o
poder público, as diversas igrejas e ONGs devem
assumir a responsabilidade de apoiar cada mãe com a
gestação indesejada. Há necessidade de políticas que
valorizem realmente a mulher.
O aborto constitui mais uma agressão sobre a mulher
acrescentando riscos para a sua saúde e,
absolutamente, não resolve nada nem nas situações de
real sofrimento, conforme já sobejamente comprovado o
que é, infelizmente, pouco divulgado pela mídia. Além
disso, não há como se relativizar a inviolabilidade da
vida de um ser humano comprovadamente inocente e
em desenvolvimento. É fato que repugna e por isso, os
promotores do aborto até consideram “criminoso”
apresentar a realidade crua dos abortos à população.
Entretanto, diversas forças se unem defendendo a
liberação do aborto. Há os que insistem na necessidade
do controle da população para que se alcance, pelo
menos, o crescimento zero. Há os ecologistas que não
acreditam na “educação da humanidade” para respeitar
o meio ambiente. Há as feministas que consideram o
aborto indispensável para a autonomia e valorização da
mulher. Há diferentes correntes eugênicas que desejam
“melhorar” a espécie humana eliminando os deficientes
e os menos capazes. Há, sobretudo, aqueles que
buscam manipular os rumos da história para crescer na
manutenção do controle mundial através da poder
econômico e técnico. A não ser para pessoas de boa fé
que desconhecem todos os aspectos do problema, os
casos individuais pouco importam a estes interesses
maiores, a não ser para comover a opinião pública.
Sobretudo após a II Guerra Mundial, organizações
internacionais crescem na promoção ao aborto livre e
procuram envolver as Nações Unidas no processo. Com
a fundação do Population Council por Jonh Rockfeller
em 1952, cresceram os esforços para envolver as
Nações Unidas neste processo. A estratégia adotada a
partir de 1996 foi a de reinterpretar os direitos humanos
fundamentais de modo a incluir o aborto entre eles. Isto
levaria à substituição gradativa dos direitos humanos
universalmente aceitos a partir do primeiro direito à vida
e o país que não legalizasse o aborto como um direito
poderia ser denunciado como violadores dos direitos
humanos de seus povos e excluídos da ONU. (Ver
htpp://www.realwomenca.com/newsletter 1998 Set Oct/
article 2.html http://www.unfpa.org/intercenter/
reprights/glen.htm)
As conseqüências sociais do aborto são amplas e
profundas. Apresentemos algumas delas:

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Michel Maria