ADORAÇÃO OU HIPERDULIA?
A honra e a veneração devotada a Maria, Mãe de Jesus
"TODAS AS GERAÇÕES ME CHAMARÃO BEM-AVENTURADA"(Lc 1,48)
Sob a inspiração do Espírito Santo, Maria profetizou as honras que lhe seriam tributadas. O anjo já lhe havia esclarecido sobre esta honra imputada pelo próprio Deus ao saudá-la, através de seu mensageiro celeste com a palavra: AVE, CHEIA DE GRAÇA. Mas adiante, o mesmo Espírito inspirou Isabel a honrá-la:"DONDE ME VEM A HONRA DE VIR A MIM A MÃE DO MEU SALVADOR". E as confirmações continuaram: "BEM AVENTURADO O SEIO QUE TE TROUXE" (Lc 1,27)
O culto Mariano não é um culto de ADORAÇÃO, pois este só prestamos a Deus. Porém, não é também como o culto de DULIA, prestado aos Santos, pois difere deste em grau, devido a seu papel na história da Salvação, e o seu lugar de Mãe de Deus. Trata-se de um culto de HIPERDULIA.
A veneração quer dizer uma homenagem, e quando a veneramos estamos homenageando nós a veneramos porque é a Mãe de Deus e nossa. Buscamos honrá-la mediante orações Mariana (Terço), tendo nos lábios palavras de honra e respeito à Maria, participando das festas liturgias em sua honra, dedicando um lugar especial aos seus ícones, (imagens) , peregrinando a Santuários e a lugares Mariano de oração.
A honra e a veneração devotada a Maria recai sobre Deus, que a criou e fez sua Mãe. Assim, a veneração a Maria não favorece uma suposta diminuição devido a Jesus, mas, ao contrario faz crescer, pois a Mãe e o Filho estão unidos por vínculos estreitíssimos, e o desejo mais ardente de um Filho perfeito e ver HONRADA A SUA MÃE. Algumas vezes o esfriamento do amor a Jesus pode ter como causa o afastamento de sua Mãe.
Maria não é somente Mãe de Deus; é nossa Mãe Co-Redentora da humanidade. Ë também distribuidora de todas as graças que recebemos. Devemos pois recorrer a ela e invocando sempre com ilimitada segurança. Certamente Maria sabe nossas necessidades, porque esta no céu de corpo e alma, tem identidade com nossa humanidade, e, porque imersa na bem-aventurança celeste, vê claramente o estado de nossa alma e nossas reais necessidades, através da ótica de Deus, a quem contempla sem cessar.
Referindo-se a Maria, diz a Constituição Dogmática Concilio Vaticano II, Lumen Gentium, no seu Nº 61: "Ela concebeu, gerou a Cristo, apresentou ao pai no templo, compadeceu com seu Filho que morria na Cruz. Assim, de modo inteiramente singular, pela obediência, fé, esperança e ardente caridade, ela cooperou na obra do Salvador para restauração das vidas sobrenatural das almas. Por tal motivo, ela se tornou par nós a Mãe na ordem da Graça.
Jesus entrega Maria ao discípulo amado, e o discípulo amado a Maria. Dessa forma concebemos a Maternidade de Maria, maternidade em relação a nós, como ministério instituído por Cristo e desejado pelo Pai. Esta missão de Maria foi acolhida pelo seu "fiat" ( SIM) que se estendeu a anunciação a Cruz. No momento derradeiro em que se coloca aos pés da cruz, Maria escuta de seu Filho o mandato de assumir daquela hora o seu ministério. "EIS AI O TEU FILHO" (Jo 19,26) que o evangelista apresenta como modelo do discípulo.
Tal ministério é instituído em benefício dos cristãos, ou seja, Jesus deseja que cresçam sendo "guarnecidos" pêlos braços da Mãe. Ao indicar o discípulo ao lado de Maria, o evangelista João não apresenta pelo nome, mas tão somente com o termo: "o discípulo que ele amava"... Neste sentido pretende indicar a comunidade dos fieis que permanecem como seguidores de Cristo até o momento derradeiro, aqueles que abraçam a cruz até o final. Os cristãos, neste sentido, são convidados por Jesus a tomarem esta mãe, isto é a Ter uma atitude diante dela, sendo convidado a adotar, diante dela, uma postura filial submissão.
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Michel Maria