sábado, 20 de novembro de 2010

Relativismo destrói liberdade e impõe ditadura, diz Papa

A liberdade de anunciar o Evangelho e o relativismo que a destrói impõe uma  verdadeira ditadura. Esta foi a conclusão do Papa Bento XVI na Aula Nova do Sínodo, nesta sexta-feira, 19.

Nesta aula estavam presentes os membros do Colégio Cardinalício que realizam uma jornada de “reflexão e oração”, antecedendo o Consistório Público Ordinário para criação de 24 novos cardeais, que acontecerá neste sábado, 20, no Vaticano.

O Consistório será transmitido pela Tv Canção Nova a partir das 7h30 (horário de Brasília). Entre os presentes, estará o Arcebispo de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno de Assis, único representante do Brasil.

O Santo Padre recordou, em seu pronunciamento, que no mandamento do Senhor em anunciar do Evangelho está explicito a exigência da liberdade de falar, mas todavia, muitas oposição aconteceram na história. “O relacionamento entre verdade e liberdade é essencial, mas hoje entra de frente com os grandes desafios do relativismo, que parece completar o conceito de liberdade, mas na realidade arrisca destruí-la, propondo uma 'ditadura'”, salientou o Papa.

O Pontífice redeclarou também a importância essencial da Liturgia na vida da Igreja, porque é onde Deus se apresenta aos homens.

Liberdade religiosa no mundo

O Secretário de Estado do Vaticano, Cardial Tarcísio Bertone traçou uma visão panorâmica das tentativas de limitar a liberdade dos cristãos hoje, nas várias regiões do mundo. Primeiramente, ele convidou a refletir sobre a situação da liberdade religiosa nos países ocidentais, onde se vê atualmente um processo de secularização, com tentativas de marginalização dos valores espirituais da vida social.

Em segundo, Dom Bertone expôs a situação da liberdade religiosa nos países islâmicos, recordando as conclusões da recente Assembleia Especial para o Oriente Médio do Sínodo dos Bispos.  

O secretário presentou, por fim, a atividade da Santa Sé e dos Episcopados locais na defesa dos católicos, seja no Ocidente, como no Oriente. Neste propósito, também lembrou o grande empenho da Santa Sé no campo internacional, na promoção do respeito à liberdade religiosa dos fiéis, diante  dos Estados e das Organizações das Nações Unidas.

No curso dos amplos debates, 18 bispos interviram, e aprofundaram principalmente a problemática da liberdade religiosa e as dificuldades encontradas na atividade da Igreja nas diversas partes do mundo.

Foi discutido também as graves dificuldades que a Igreja encontra na defesa dos valores fundamentais, como o respeito à vida e à família.

Acolhida dos irmãos anglicanos

Durante a tarde, o Cardeal William Joseph falou sobre as normas dadas pela Santa Sé na acolhida dos sacerdotes e fiéis anglicanos, e a defesa das crianças vítimas de abuso por parte dos membros do clero.

Também o Arcebispo Angelo Amato recordou a atuação situação da Instituição Dominus Iesus. 

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Michel Maria